Brasil registra 1º foco de gripe aviária em mamíferos; doença atingiu leões-marinhos no RS

Registros de influenza em animais mesma espécie já foram registrados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Mapa confirma caso de influenza aviária em leões-marinhos no RS Divulgação - Ministério da Agricultura e Pecuária O Ministério da Agricultura e Pecuária identificou o primeiro foco de gripe aviária em leões-marinhos-do-sul na praia do Cassino, no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4). Esse é o primeiro registro da doença em mamíferos marinhos no Brasil. Casos em animais da espécie também já foram reportados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Gripe aviária: Como humanos pegam? Tire dúvidas A investigação e a colheita das amostras foram conduzidas em conjunto com o Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Rio Grande. As amostras foram processadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Campinas (LFDA-SP), referência na América do Sul para o diagnóstico do vírus, que confirmou tratar-se do H5N1, vírus da influenza aviária de alta patogenicidade já detectado em diversas espécies de aves silvestres no país. Apesar das infecções humanas com vírus da influenza aviária serem raras, o Ministério solicita à população que evite se aproximar do local onde os focos foram registrados e que não toque em animais doentes ou mortos para prevenir o contágio e a disseminação da doença. Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro da doença na produção comercial. Casos no Brasil Até o momento, o Brasil totaliza 115 focos de gripe aviária, sendo apenas três em aves de subsistência, ou seja, voltadas para alimentação doméstica. Por enquanto, o país não confirmou casos da doença em granjas voltadas para o comércio em larga escala. Por isso, o Governo afirma que não há risco para o consumo de carnes e ovos. Além disso, nunca houve transmissão para humanos no Brasil. O que é e onde surgiu a H5N1? O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave). O H5N1 faz parte do segundo grupo: isso significa que ele é disseminado rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais. A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China. No ano seguinte, ocorreu o primeiro registro da doença em humanos, em Hong Kong, segundo um documento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Criadores de aves redobram os cuidados para prevenir gripe aviária

Brasil registra 1º foco de gripe aviária em mamíferos; doença atingiu leões-marinhos no RS

Registros de influenza em animais mesma espécie já foram registrados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Mapa confirma caso de influenza aviária em leões-marinhos no RS Divulgação - Ministério da Agricultura e Pecuária O Ministério da Agricultura e Pecuária identificou o primeiro foco de gripe aviária em leões-marinhos-do-sul na praia do Cassino, no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4). Esse é o primeiro registro da doença em mamíferos marinhos no Brasil. Casos em animais da espécie também já foram reportados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Gripe aviária: Como humanos pegam? Tire dúvidas A investigação e a colheita das amostras foram conduzidas em conjunto com o Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Rio Grande. As amostras foram processadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Campinas (LFDA-SP), referência na América do Sul para o diagnóstico do vírus, que confirmou tratar-se do H5N1, vírus da influenza aviária de alta patogenicidade já detectado em diversas espécies de aves silvestres no país. Apesar das infecções humanas com vírus da influenza aviária serem raras, o Ministério solicita à população que evite se aproximar do local onde os focos foram registrados e que não toque em animais doentes ou mortos para prevenir o contágio e a disseminação da doença. Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro da doença na produção comercial. Casos no Brasil Até o momento, o Brasil totaliza 115 focos de gripe aviária, sendo apenas três em aves de subsistência, ou seja, voltadas para alimentação doméstica. Por enquanto, o país não confirmou casos da doença em granjas voltadas para o comércio em larga escala. Por isso, o Governo afirma que não há risco para o consumo de carnes e ovos. Além disso, nunca houve transmissão para humanos no Brasil. O que é e onde surgiu a H5N1? O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave). O H5N1 faz parte do segundo grupo: isso significa que ele é disseminado rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais. A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China. No ano seguinte, ocorreu o primeiro registro da doença em humanos, em Hong Kong, segundo um documento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Criadores de aves redobram os cuidados para prevenir gripe aviária